Ela me perguntou quantas pessoas eu já vi morrer. Quantas pessoas você já viu morrer? Nenhuma, eu disse. Ela sorriu e disse eu vou ser a primeira. Eu disse vai. Ela disse boa sorte.
— Boa sorte.
— Boa sorte.
E morreu. Os lábios dela continuavam vivos, vermelhos. Parecia que ela estava dormindo. Ela morreu e pronto. Era bom ficar olhando seu corpo, bonito. A enfermeira entrou, viu que ela tinha morrido e me disse para sair do quarto, chamou o médico, eu saí do quarto.
Uns dias depois o enfermeiro me disse que ela estava grávida. Ele disse também que achou melhor ela ter morrido, imagina ela com um filho.
Eu imaginei ela com um filho, um filho meu, e agarrei o enfermeiro pela garganta.
Dois enfermeiros correram e me seguraram e me deram uma injeção. Eu acordei amarrado e fiquei ali alguns dias. Eles mudaram meu remédio. Eu me lembrei que ela havia me pedido para ficar vivo pra me lembrar dela e resolvi não tomar o remédio, não tomar mais remédio nenhum. Passei mais seis meses na clínica, fingi que estava curado, saí, voltei a estudar. Fiz o supletivo do segundo grau, passei no vestibular, me formei, casei, tive um filho, me separei. Hoje trabalho nesta farmácia. Continuo vivo e me lembrando dela.
Eu não me lembro muito bem se tinha 13 ou 14 anos na primeira vez em que fiquei invisível. Eu acho que tinha 14, estava frio, devia ser inverno e eu faço aniversário no verão. Também podia ser no inverno antes de eu fazer 14, mas eu acho que não, porque a minha irmã já estava usando aparelho e estes dias eu perguntei e ela tem certeza que tinha dez anos quando começou a usar. É muito provável que eu já tivesse ficado invisível muitas vezes antes, tenho certeza que sim. Quando a minha mãe e o meu pai discutiam, quando ele gritou que ela é que quis ter filho e agora não gosta de ficar com as crianças e só quer viajar, quando ela bebia e andava quase nua pela casa, quando o meu irmão punha a mão nos peitos da namorada, quando o meu pai mudava a televisão de canal pouco antes do fim do filme que eu estava assistindo havia mais de uma hora, é claro que eu estava invisível, só que não percebia.
Eu estava na escola na primeira vez que percebi que estava invisível. O professor mandou todo mundo se apressar para o passeio. Eu demorei a me levantar juntando as coisas, todos saíram e o professor olhou para a sala, olhou na minha direção, apagou a luz, saiu e fechou a porta. Talvez eu tenha ficado invisível para não ir naquele passeio, não queria passar o dia vendo as meninas mais lindas me virando a cara, e todos aqueles meninos idiotas gritando e correndo e se batendo. Fiquei algum tempo parado, peguei minhas coisas e saí da sala. Caminhei pelo corredor, cruzei com alguns alunos, olhei bem para eles e eles não me viram. Saí do colégio e caminhei seis quadras até a minha casa, passando por muitas pessoas que não me viram. Entrei em casa sem ser visto, fui para o meu quarto.
Saí do quarto e minha mãe estava jantando, com minha irmã. Meu irmão mais velho vai chegar no próximo fim de semana e elas querem arrumar a casa. Ele vem com a namorada e vai dormir no meu quarto, eu vou dormir com a minha irmã, no chão do quarto dela. Elas falaram todo o tempo, decidindo o que ia acontecer comigo, sem me ver. Comi frango com arroz e legumes e fui ao banheiro. Abri o armário dos remédios, peguei um remédio da minha mãe, frontal. Li a bula. "Componente ativo: alprazolam. Indicado no tratamento de estados de ansiedade. Seu mecanismo de ação exato é desconhecido." Talvez fosse isso, ansiedade se cura com remédio. Não é recomendado a pacientes psicóticos. Os sintomas da ansiedade são: tensão, medo, aflição, agonia, intranqüilidade, dificuldades de concentração, irritabilidade, insônia e ou hiperatividade. Os sintomas da ansiedade sou eu. Peguei o vidro e fui para o meu quarto. Tomei dois, devia ter pegado água, não é bom tomar remédio com fanta. Deitei e dormi.
Acordei, era outra pessoa. E continuava invisível. Minha irmã, minha mãe e a empregada não me viram. Tomei café e mais um comprimido e fui para a escola caminhando sem ninguém me ver. Assisti às três primeiras aulas sem ser visto. Entendi tudo, anotei, gostei de estar aprendendo coisas. Estava feliz, feliz e invisível. No recreio fui até o banheiro e tomei outro comprimido.
Saí do banheiro, o sol batia no pátio, nos cabelos das meninas, nas pernas das meninas. Duas delas, das mais lindas, passaram na minha frente, entraram no banheiro. Entrei atrás delas. É claro que elas não me viram. Uma delas baixou a calcinha e sentou no vaso, mas não deu para ver nada, ela estava de saia. A outra abriu a blusa na frente do espelho e ficou ajeitando os peitos dentro do sutiã. Eu estava muito feliz de estar ali, pensei em gritar ou botar a mão nos peitos dela, mas ela ia levar um susto, achei melhor não. Elas falaram de uma festa e saíram sem me ver.
Passei o resto da semana invisível e feliz. Comecei a economizar os comprimidos, tomava três por dia, um antes de ir para a escola, outro depois do almoço, outro antes de dormir. Não sonhava com nada, acordava feliz. No sábado tinha a festa e eu estava louco para ir, invisível.
Levei o remédio para a festa para tomar um lá. Não conseguia entrar no banheiro das meninas, era muito apertado, mas escutei todas as conversas, histórias incríveis de quem deu ou queria dar para quem. Tomei dois comprimidos com vinho, vários copos de vinho. Resolvi entrar no banheiro das meninas, seguindo uma das mais lindas. Ela entrou, eu entrei junto. Ela tirou a blusa e tirou da bolsa um desodorante roll-on. Começou a passar desodorante, erguendo os braços e se olhando no espelho, muito linda, a coisa mais linda que eu já tinha visto. Não consegui me controlar e lambi seu braço.
Ela deu um grito, começou a me bater, gritar. Abriu a porta, gritando, um monte de gente veio correndo, o pai dela, o namorado dela, todos começaram a me bater enquanto ela gritava que eu tinha entrado no banheiro e lambido ela e todos me batiam. Aparentemente minha invisibilidade tinha passado, talvez por causa da lambida. A mãe dela, que me conhecia, me ajudou a levantar do chão. Ficou me olhando, assustada. E aí eu vomitei.
Quebrei dois dedos da mão esquerda, acho que foi um dos chutes. Todos em casa me viram, me olharam muito bem. Meu pai olhava para mim com medo, minha irmã com nojo e minha mãe chorava.
Meu irmão chegou com a namorada, ninguém disse nada para ela que eu era um drogado e maníaco sexual. Minha irmã não quis me deixar dormir no chão do quarto dela e eu dormi uma semana na sala, no sofá. Dormia ouvindo meu irmão e a namorada trepando no meu quarto. Um dia acordei e fiquei parado, no escuro. Ela passou pela sala só de calcinha, ótimos peitos, bunda boa. Voltou da cozinha e ficou parada no meio da sala, tomando água no bico da garrafa, sem me ver. Me levantei e fiquei olhando para ela, ela não me viu. Eu estava invisível outra vez. Me aproximei e toquei no peito dela. Ela deu um grito.
Me levaram num médico que me disse que eu precisava aprender a relaxar e outras coisas que eu já sabia e me receitou paxon. Li a bula. Princípio ativo: cloridrato de buspirona. Agente ansiolítico indicado no alívio a curto prazo dos sintomas da ansiedade e da apreensão, do medo e dos maus pressentimentos. Era o meu caso. Cinco a dez miligramas duas vezes por dia. Perfeito. Não estava mais invisível mas continuava feliz.
Mudei de escola e passei o resto do ano feliz. No final do ano fiquei preocupado com as provas e com as festas e comecei a tomar três comprimidos por dia, às vezes quatro. Às vezes tomava com vodca, nas festas. Depois comecei a tomar também o frontal da minha mãe, ela descobriu e escondeu no armário. Achei e tomei. Meu pai disse que ia me internar, minha irmã disse que eles deviam chamar a polícia.
O médico cortou o ansitec e me deu valium. Li a bula. O princípio ativo do valium é o diazepam. Indicado para distúrbios emocionais, especialmente ansiedade, e distúrbios comportamentais, como a má adaptação social. Agora sim. Um antes de dormir, às vezes dois.
Um dia eu tomei dois no almoço, com cerveja, e depois fui para o supermercado. Tinha uma menina, bonitinha, acho que com menos de
três anos, no corredor dos biscoitos. Ela pegou um pacote grande de biscoitos, quase maior que ela, e tentou botar no carrinho. A mãe estava falando no celular e não viu. Ela chamava, mãe, mãe, bicoito, mãe, mãe. A mãe caminhava pelo corredor e falava no celular, discutia com alguém sobre prazo de entrega, horário de entrega de alguma coisa. A menina tentava botar o pacote, não alcançava no carrinho. O pacote caiu no chão, a mãe empurrou o carrinho que passou por cima do pacote. A menina se desequilibrou e caiu sentada no chão. A mãe gritou, disse que a menina tinha derrubado tudo no supermercado, desligou o celular e começou a gritar com a menina, que começou a chorar. A mãe viu os biscoitos quebrados, botou na prateleira, ergueu a menina pelo braço e continuou gritando enquanto ela chorava. Eu me aproximei, queria estar invisível. Não estava, a mulher olhou para mim e perguntou o que foi. Eu dei um soco no rosto dela, acho que acertei a boca e o nariz. Ela caiu, gritando de dor. A menina começou a gritar e a chorar. Tinha sangue na minha mão, não sei se meu ou dela. A mulher me olhava, apavorada, gritando e tapando o nariz e a boca com a mão. Ela viu sangue na mão dela e começou a gritar, a menina chorando. Um casal saiu correndo, algumas pessoas se aproximaram. Um garoto de uniforme me olhou com medo. Um segurança se aproximou, me olhando e falando num rádio.
três anos, no corredor dos biscoitos. Ela pegou um pacote grande de biscoitos, quase maior que ela, e tentou botar no carrinho. A mãe estava falando no celular e não viu. Ela chamava, mãe, mãe, bicoito, mãe, mãe. A mãe caminhava pelo corredor e falava no celular, discutia com alguém sobre prazo de entrega, horário de entrega de alguma coisa. A menina tentava botar o pacote, não alcançava no carrinho. O pacote caiu no chão, a mãe empurrou o carrinho que passou por cima do pacote. A menina se desequilibrou e caiu sentada no chão. A mãe gritou, disse que a menina tinha derrubado tudo no supermercado, desligou o celular e começou a gritar com a menina, que começou a chorar. A mãe viu os biscoitos quebrados, botou na prateleira, ergueu a menina pelo braço e continuou gritando enquanto ela chorava. Eu me aproximei, queria estar invisível. Não estava, a mulher olhou para mim e perguntou o que foi. Eu dei um soco no rosto dela, acho que acertei a boca e o nariz. Ela caiu, gritando de dor. A menina começou a gritar e a chorar. Tinha sangue na minha mão, não sei se meu ou dela. A mulher me olhava, apavorada, gritando e tapando o nariz e a boca com a mão. Ela viu sangue na mão dela e começou a gritar, a menina chorando. Um casal saiu correndo, algumas pessoas se aproximaram. Um garoto de uniforme me olhou com medo. Um segurança se aproximou, me olhando e falando num rádio.
Um segurança do supermercado me deu um tapa na cabeça. Me assustei, mas não doeu muito. Um policial veio e foi embora. Meu pai chegou, muito nervoso. Pediu desculpas para todo mundo, disse que eu era doente. Olhei para o meu pai, sofrendo, triste, tentando não aparentar toda a tristeza que realmente sentia, com vergonha de imaginar uma parte dele em mim, e tive certeza de que ele estava falando a verdade, eu era doente mesmo.
Meu pai, minha mãe e meu irmão sugeriram que eu fosse internado, ficasse um tempo numa clínica. Achei ótimo, eu não queria mais ficar olhando para as pessoas que estavam sofrendo por minha causa. Meu irmão me ajudou a fazer a mala. Meu pai me deu um beijo, fazia muito tempo que eu não via ele tão feliz. Minha mãe chorou um pouco mas também estava feliz. Só quem parecia triste era a minha irmã. Eu disse que ia me tratar e ia voltar logo. Ela perguntou se podia pegar o meu videogame, eu disse que sim.
Eu falei com um médico e com uma médica. Contei de tudo, dos remédios e do fato de eu ficar invisível. Eles me disseram que eu nunca fiquei invisível e eu acabei concordando. Ele perguntou se eu tinha tremores, dor ou tensão muscular, se eu me irritava ou ficava nervoso com facilidade, se eu sentia as mãos frias e pegajosas, se às vezes eu tinha dificuldade para engolir, sentia aquele nó na garganta, se às vezes sentia a boca seca, suor, enjôo ou diarréia. Eu disse que tinha tudo, menos diarréia. Ela perguntou se eu ficava muito preocupado com as minhas notas na escola ou num jogo de futebol, se eu me preocupava muito em chegar na hora, se costumava chegar muito cedo nas festas, se eu me preocupava com terremotos ou com a guerra, se eu costumava refazer uma coisa muitas vezes, até achar que estava perfeito, se eu costumava perguntar para as pessoas se o que eu fiz estava bem-feito ou não. Eu respondi sim para tudo, menos para a guerra.
Eles tinham certeza de que eu era um sessenta ponto seis, personalidade ansiosa. Eles me disseram que os sintomas da personalidade ansiosa são um sentimento de tensão constante, um sentimento de insegurança e inferioridade, um desejo permanente de ser amado, de ser aceito, hipersensibilidade à crítica e à rejeição, uma dificuldade ou desconforto para encontrar pessoas ou para sair da rotina, sempre com medo que aconteça alguma coisa de ruim.
É perfeito, é exatamente isso. Finalmente eu encontrei alguém que descobria o que eu tinha. Só que eles tinham dúvidas se a minha ansiedade era generalizada e já se manifestava na infância, ou se era induzida por substância. A ansiedade induzida por substância surge com a intoxicação ou a abstinência. A ansiedade primária, que vem da infância, pode provocar o uso da substância. Enfim, eles tinham dúvidas se eu era louco porque me drogava ou me drogava porque era louco. Perguntaram se eu tinha ataques de pânico ou alguma fobia. Contei da vez que eu ataquei a menina no banheiro da festa, da namorada do meu irmão e do soco na mulher no supermercado, mas isso eles já sabiam. Eles conversaram um pouco e concordaram que eu devia tomar nervium. Princípio ativo: bromazepam. Indicado para distúrbios emocionais, tensão nervosa, agitação e insônia, ansiedade e humor depressivo ansioso. É exatamente o meu caso, humor depressivo ansioso.
Antes de sair da clínica e encontrar meus pais e minha irmã, e todo mundo ficar feliz por eu fingir tão bem que estava curado, eu achei um disquete no lixo da clínica. O ferrinho do disquete estava um pouco torto mas eu trouxe para casa e um dia consegui abrir dois arquivos. Um era uma tabela, sem graça. O outro tinha várias anotações, nenhuma sobre mim. Todas eram parecidas.
J.S. estava aparentemente saudável. H.M.C tinha o comportamento normal. T.H.N vinha aparentemente bem. J.M.R. havia começado a ingerir álcool combinado com o uso de codeína (xarope para tosse) três anos antes da primeira hospitalização. N.T. vinha apresentando alterações do comportamento social associado à ingestão progressiva de álcool desde quatro anos antes da primeira hospitalização. Oito semanas antes da internação, ela fez uso de amineptina com álcool pela primeira vez. O paciente M.C.S. usou cannabis durante dois anos. O paciente N.G.F. mostra o semblante apreensivo. A paciente M.F, cuja mãe é esquizofrênica, vinha consumindo cannabis e, ocasionalmente, diazepam com álcool há três anos. O paciente B.T. vinha consumindo ecstasy regularmente durante dois anos e, ocasionalmente, cocaína. Uma grave perda da capacidade de conviver socialmente foi a causa de sua internação. A paciente D.J. teve alucinações auditivas importantes seguidas de delírios. Gesticula muito ao falar. Olhar triste. Uma grave disfunção cognitiva foi percebida pelos pais da paciente, que encaminharam a internação. Segundo a mãe do paciente, dois meses antes de ser internado o filho apresentou idéias paranóides e uma importante perda de função intelectual. Gesticula muito ao falar. Não consegue se concentrar. Quatro dias antes da hospitalização, ela tomou um comprimido de certralina associado com álcool e cannabis e apresentou imediatamente delírios e alucinações auditivas. Tomou LSD por um ano antes de ser hospitalizado. Não consegue ficar parado, gesticula muito ao falar. Ouvia vozes imperativas. Alucinações auditivas, delírios e disfunção cognitiva, percebida por seus pais. Esses sintomas persistiram durante nove meses e cessaram espontaneamente. Não tem energia para nada. Ao narrar suas brigas com a mãe, fica exaltada, com o olhar brilhante. Experimentou cogumelos alucinógenos. Afirma que não confia na namorada e que seu maior desejo é desmascará-la. Tem delírios e alucinações permanentes. Seis meses antes da internação, fez uso de LSD. Gesticula muito ao falar. Medos difusos e delírios culminaram com sua hospitalização. A partir daí, houve uma mudança em seu comportamento caracterizada por uma perda de sociabilidade seguida da presença de delírios, segundo declarações dos pais da paciente. Tem um olhar triste, perdido. Um dia antes de ser internada experimentou cocaína pela primeira vez. Um mês antes da internação, ela começou a ter idéias paranóides e hiperatividade motora. Tem a testa franzida, o olhar baixo, as mãos crispadas. Cinco semanas depois da ingestão de drogas, ela apresentou delírios paranóicos persistentes. Mostra-se muito aflito e exaltado durante a consulta. No dia da hospitalização, apresentava alucinações visuais. O uso de hipofagin com álcool culminou com delírios, alucinações e comportamento agressivo em relação aos pais. Gesticula muito ao falar. Foi observada uma diminuição de sua capacidade intelectual com problemas de concentração, segundo os pais da paciente. De acordo com os pais do paciente. Descrito pelos pais do paciente. Os pais do paciente. São eles que pagam as contas e limpam a sujeira. São eles que pagam para você ficar longe, normal. Um dia meus pais conversaram com os médicos e eles me mandaram para casa. Provavelmente acharam que eu era um efe treze ponto oito, transtorno de ansiedade induzido por ingestão de sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos. Eu podia ir para casa, provavelmente não ia sujar nada nem atacar ninguém. Estava curado. Precisava estudar, cuidar da vida, me concentrar. Foi o que eu fiz.
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